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domingo, 27 de dezembro de 2015

A Síria em guerra

Rússia reitera que aviação militar nunca atacou civis na Síria

    27/12/2015 12h19
    Moscovo

Da Agência Lusa







A aviação russa, destacada na Síria em uma operação militar contra o autodenominado Estado Islâmico (EI) e outros grupos ‘jihadistas’, nunca atacou objetivos civis, insistiu hoje (27) o comandante chefe das Forças Aeroespaciais da Rússia.

"Quero dizer, com orgulho, que os meus pilotos nunca falharam e que nunca atacaram objetivos civis, como escolas, hospitais ou mesquitas", disse Viktor Bondarev à televisão estatal russa.

O general russo explicou que a operação militar na Síria foi planificada "ao milímetro" para evitar este tipo de erros.

"Preparamos as tripulações, coordenando as nossas ações com os dirigentes sírios, precisando onde poderíamos atuar e onde deveríamos atuar com cuidado", realçou.

Bondarev adiantou, por outro lado, que o envio para a Síria do sistema de defesa antiaérea "S-400", de última geração, tem permitido "por em ordem" os céus sírios.

A base aérea russa na Síria está situada na província de Lakatia, a 30 quilômetros da fronteira com a Turquia e foi ali instalada depois de dois caças "F-16" turcos terem abatido um bombardeiro "SU-24" russo que, segundo Ancara, teria violado o espaço aéreo da Turquia.

Na coletiva de imprensa anual no Kremlin, feita na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou abater os aviões turcos se estes violarem o espaço aéreo sírio.

Minha opinião é que a Rússia não deveria explicar tanto, esta fazendo o certo, atacando quem merece. Aos críticos deve haver meios de conferir. (Paulo)

Edição: Valéria Aguiar

domingo, 20 de dezembro de 2015

Commodities ladeira abaixo em 2016 ainda

2016, mais um ano de petróleo barato
Excesso de oferta ainda não pode ser absorvido pela fraca demanda








2015 passará à posteridade como um dos exercícios mais conturbados da série histórica no mercado petroleiro. A menos de duas semanas do fim do ano, o impulso de uma oferta que não para de crescer e a demanda ainda fraca, que aumenta a um ritmo muito menor do que em recuperações econômicas anteriores, encheu os estoques de petróleo em todo o mundo a máximos históricos e levou os preços ao nível mais baixo desde dezembro de 2008, no início da grande recessão. Todas as perguntas continuam sem resposta para um 2016 que se apresenta como um dos exercícios mais imprevisíveis. Mas, se em alguma coisa concorda a maioria dos analistas, é que o petróleo bruto permanecerá todo o ano próximo em níveis historicamente baratos, muito longe dos quase 127 dólares do início de 2011.

As seis últimas empresas de análise que fizeram previsões sobre o Brent, o barril de referência na Europa, situam a faixa de preços para 2016 entre os 41 dólares do banco australiano Westpac – 10% acima do preço atual, mas menos da metade do preço médio dos últimos cinco anos – e os 60 dólares do Barclays. No meio do caminho ficam as previsões do Wells Fargo (49 dólares por barril), Unicredit (52,5) e da Société Générale (54). Todas elas ficam longe do máximo do último quinquênio, de 126,65 dólares no final de 2011.
As previsões dos analistas para o ano que vem oscilam entre 40 e 60 dólares por barril
À espera do quadro de preços previstos pelo cartel da OPEP, a ser divulgado na quarta-feira, a Rússia, um dos principais produtores mundiais não pertencentes à organização, tampouco vê o petróleo bruto acima dos 50 dólares. E a agência de qualificação Moody's não contempla um Brent acima dos 43 dólares, 10 abaixo de sua previsão anterior.

MAIS INFORMAÇÕES
Segundo um estudo publicado nesta semana pela Bloomberg, apesar de o novo normal do Texas norte-americano estar em 35 dólares por barril, são muitos os países que se veem levados a vender a preços ainda mais baixos: uma mistura de petróleos brutos mexicanos mais difícil de refinar já é cotada no mercado a menos de 28 dólares por barril, o valor mais baixo em 11 anos; o Iraque já está colocando parte de sua produção em outros países asiáticos a 25 dólares e no Canadá, junto com a Noruega ,o país ocidental mais atingido pelo terremoto que sacudiu o tabuleiro de preços, alguns produtores da costa oeste já vendem o barril a menos de 22 dólares. Esse preço fica perto da previsão de 20 dólares por barril com que o banco de investimento norte-americano Goldman Sachs soltou em meados de setembro e rompe qualquer paradigma do mercado petroleiro. “Mais de um terço da produção global está sendo cotada abaixo do preço do Brent e do Texas”, ressaltava Ehsan Ul-Haq, consultor do KBC Advanced Technologies, em declarações à citada agência norte-americana.

Os analistas não consideram provável, em curto prazo, o reequilíbrio entre oferta e demanda. No ano que vem a superoferta mundial será de 580.000 barris diários, segundo os últimos cálculos do Goldman Sachs. “Os estoques continuam crescendo”, aponta Damien Courvalin, do banco de investimento norte-americano. “O desequilíbrio se prolongará até depois de 2016”, sustentam os analistas do Moody's em seu relatório anual sobre o petróleo, que coincide com o ponto de vista da Agência Internacional de Energia (AIE), o braço da OCDE para assuntos energéticos.
“Os Governos de muitos países produtores subvencionam os produtos petrolíferos, que por isso tinham em seus mercados internos um valor mais baixo que o do mercado internacional. O barateamento do petróleo bruto acarretou o desaparecimento dessas subvenções, mas não uma variação do preço para o consumidor final, pois não chegou a estimular a demanda”, diz Alberto Martín, sócio responsável por Energia da KPMG na Espanha.
Mais cedo ou mais tarde, a redução dos investimentos em novos projetos ou em projetos menos rentáveis levará inevitavelmente a uma redução da produção. Esse cenário, no entanto, não surgirá no ano que vem, em que praticamente ninguém espera uma ação coletiva da OPEP e outros países produtores para equilibrar as forças e estabilizar os preços. “A queda no preço do petróleo bruto acelerará o reequilíbrio entre oferta e demanda, mas será preciso esperar até 2019 para que o mercado reabsorva as reservas acumuladas”, explica Shigeki Matsumoto, do banco japonês Nomura em nota enviada a clientes em que se aponta o Irã como principal catalisador da oferta mundial. “Compensará a queda na produção dos países que não estão na OPEP”, explica, em referência implícita aos Estados Unidos, que vê o milagre do fracking começar a perder força no nível de preços atual.

A volta do Irã ao mercado petrolífero internacional coloca ainda mais pressão sobre a cotação do petróleo bruto

Os efeitos da irrupção da República Islâmica no mapa petroleiro globalcomeçarão a se fazer sentir em meados do ano que vem, segundo todas as estimativas. O Governo iraniano voltou a assegurar na segunda-feira que, quando as sanções forem levantadas, voltará a exportar “seja qual for” o preço do petróleo bruto.

Spencer Welch, chefe do departamento de análise de mercados petroleiros da consultora IHS Energy, é o único dos analistas consultados que confia no reequilíbrio de forças para meados de 2016. O crescimento da demanda (1,2 milhão de barris por dia em 2019, segundo as estimativas da AIE) virá junto com uma redução da oferta: “Por um lado era fundamental ver como atuaria a OPEP. Dado que, em sua última reunião, decidiu não alterar sua estratégia, os focos estão agora sobre os Estados Unidos”, explica por telefone. Em abril do ano passado, o país norte-americano, maior produtor mundial graças ao frackingproduzia 9,6 milhões de barris diários, 500.000 a mais que agora. “Em junho de 2016 essa cifra baixará para 8,7 milhões de barris, quase um milhão a menos que em abril”.

Welch observa, ainda, que muitas empresas norte-americanas que extraem petróleo com técnicas não convencionais conseguiram melhorar sua eficiência, ao ponto de continuar sendo rentável para elas extrair com o barril entre 35 e 40 dólares, mas considera que seu elevado nível de endividamento atuará como freio. Também vê no Irã um fator essencial – “é a única variável que poderia alterar esse processo de ajuste” –, mas atenua: “O acordo com as potências ocidentais parece bem encaminhado, entretanto quando as sanções forem levantadas, a reativação dos poços iranianos não será imediata”, afirma.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Estamos com falas de guerra

Rússia acusa Erdogan de envolvimento em tráfico de petróleo com EI; Turquia nega
Redação | São Paulo - 02/12/2015 - 13h40
Presidente turco reiterou que vai renunciar caso acusações sejam comprovadas; países vivem momento de crise após derrubada de caças russos


O vice-ministro da Defesa russo, Anatoli Antonov, acusou nesta quarta-feira (02/12) o presidente turco, Recep Tayyp Erdogan, e sua família de estarem envolvidos diretamente no tráfico de petróleo com o EI (Estado Islâmico). Erdogan, que já havia sido acusado de comprar petróleo dogrupo extremista, negou as acusações e reiterou que irá renunciar caso elas sejam comprovadas. Durante uma sessão informativa sobre operações de combate ao terrorismo, Antonov apresentou algumas imagens de satélites que supostamente mostrariam o EI transportando petróleo para a Turquia.


Agência Efe
Sessão russa de operações antiterrorista nesta quarta-feira

A Turquia está diretamente envolvida no projeto do EI. Conhecemos três rotas de distribuição de petróleo da Síria para a Turquia. Ninguém no Ocidente se pergunta por que o filho de Erdogan é diretor da maior empresa petrolífera [do país]”, comentou o número dois da Defesa russa a repórteres. "É uma lástima que tenham começado com propaganda negra após o incidente. Fazem uma campanha de graves calúnias”, rebateu o presidente turco. Para Erdogan, a Rússia “perde credibilidade com essas calúnias”.




No início desta semana o presidente russo, Vladimir Putin, já havia acusado a Turquia de comprar petróleo do Estado Islâmico. Na ocasião, Erdogan também negou e disse pela primeira vez que renunciaria ao cargo de presidente caso algo fosse comprovado.

Os dois países estão passando por um momento de instabilidade diplomática após a Turquia ter derrubado dois caças russos que supostamente teriam invadido seu espaço aéreo. Um dos pilotos foi morto na operação. O Kremlin negou a invasão de seus aviões, argumentando ainda que não representavam uma ameaça para a população turca, visto que estavam combatendo o grupo jihadista na Síria.

Como resultado, a Moscou impôs sanções econômicas a Ancara. Entretanto, o governo turco já indicou que não tomará medidas semelhantes às russas.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Esta ficando mais perigoso

Ataque a avião russo é "facada nas costas", diz Putin
Presidente russo diz que o ataque terá sérias consequências nas relações entre os dois países. Já o primeiro-ministro da Turquia diz que a Turquia fará "o que for necessário" para garantir a segurança do país
há 2 minutos Andreia Miranda




O presidente da Rússia, Vladimir Putin, comentou o acidente que aconteceu com o bombardeiro russo, esta terça-feira, na Síria, dizendo que o mesmo representa uma “facada nas costas” da Rússia.

“O incidente com Su-24 russo está fora da luta convencional contra o terrorismo. O avião russo foi abatido por um míssil ar-ar [a partir de um] avião turco”.

Segundo Putin, “é óbvio” que nem os pilotos nem o avião ameaçavam a Turquia e que o ataque terá sérias consequências nas relações entre os dois países.
 
“O avião estava a desempenhar o papel de combate direto contra o Estado Islâmico. A tragédia do terá consequências sérias para as relações entre Moscovo e Ancara”

O presidente destacou ainda que o bombardeiro foi abatido a quatro quilómetros da fronteira turca.
 
Turquia tem o direito de responder quando ameaçada

O primeiro-ministro da Turquia,  Ahmet Davutoglu, afirmou à Reuters que o país tem o direito de responder quando o espaço aéreo é ameaçado depois dos avisos.
 
Davutoglu afirmou ainda que o mundo tem de saber que a Turquia fará "o que for necessário" para garantir a segurança do país.

Turquia derruba avião russo próximo à fronteira com a Síria


 Ministério da Defesa da Rússia/Reuters
Caça russo Sukhoi Su-24: o avião caiu em território sírio, a poucos quilômetros da fronteira com a província turca mediterrânea de Hatay

Ancara/Istambul- Caças turcos derrubaram um avião militar de fabricação russa próximo à fronteira da Síria nesta terça-feira, após repetidamente alertarem sobre violações do espaço aéreo, de acordo com autoridades turcas, mas Moscou informou que pode provar que o jato não deixou o espaço aéreo sírio.
Fontes presidenciais turcas disseram que o avião de guerra era um SU-24 de fabricação russa. O Exército turco, que não confirmou a origem do avião, informou que foi alertado mais de 10 vezes no espaço de cinco minutos sobre violações no espaço aéreo turco.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que um de seus caças foi derrubado na Síria, aparentemente de tiros vindos do solo, mas informou que poderia provar que o avião estava sobre a Síria durante o voo, relatou a agência de notícias Interfax.
O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, recebeu informações do chefe do Exército, enquanto o premiê, Ahmet Davutoglu, ordenou consultas com a Otan, a ONU e países relacionados, disseram os gabinetes de ambos.
O grupo de monitoramento Observatório Sírio para Direitos Humanos informou que o avião de guerra caiu em uma área montanhosa na província de Latakia, onde houve um bombardeio aéreo anteriormente e onde forças pró-governo lutam no solo contra insurgentes.
A Rússia e o governo sírio, aliado, realizaram ataques na área. Uma fonte militar síria disse que a suposta derrubada estava sendo investigada.
Imagens da emissora privada turca Haberturk TV mostraram o avião caindo em chamas e uma longa faixa de fumaça. Imagens separadas da agência turca Anadolu mostraram dois pilotos saindo de paraquedas do jato antes da queda.


quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Duvidas persistem


Chega à Rússia segundo avião com corpos de vítimas de acidente aéreo no Egito

Da Agência Lusa
 
 
 
 
 
 
 
 
Restos do avião russo que caiu na Península do Sinai, no EgitoSTR/Agência Lusa

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Um segundo avião com os corpos e pertences das vítimas do acidente aéreo de sábado (31) na península do Sinai chegou hoje (3) ao aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, informaram fontes oficiais.

A aeronave, um Il-76 do Ministério para Situações de Emergência russo, transportou partes dos corpos, documentos e objetos pessoais das vítimas, que serão entregues para perícia e identificação.

Ontem (2), outro avião transportou para São Petersburgo mais de 130 cadáveres e 40 fragmentos de corpos.

Acredita-se que o Airbus A-321, da companhia russa MetroJet (Kogalimavia), que fazia no sábado a ligação entre a estância turística egípcia de Sharm El Sheikh e a cidade russa de São Petersburgo, tenha explodido no ar 23 minutos depois de descolar, causando a morte dos 224 ocupantes.

Edição: Talita Cavalcante

 

EUA dizem não ter evidência de ato terrorista em queda de avião russo

  • 02/11/2015 14h45
  • Washington

Da Agência Lusa

O diretor nacional de Inteligência dos Estados Unidos, James Clapper, disse hoje (2) que, até o momento, não tem conhecimento de qualquer “prova direta” de terrorismo na queda do Airbus A321 russo, que caiu no sábado (31) no Egito.

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“Ainda não há qualquer prova direta de um envolvimento terrorista”, disse Clapper em uma conferência sobre segurança e defesa em Washington.

Clapper, que supervisiona a atividade das 16 agências de informação dos Estados Unidos, considerou “improvável” que o grupo extremista Estado Islâmico tenha capacidade para atingir um avião na altitude em que se encontrava o Airbus, mas acrescentou que “não descartaria” essa hipótese.

A companhia aérea do Airbus A321, que caiu no sábado na Península do Sinai, MetroJet (Kogalymavia), divulgou que o acidente foi em consequência de fatores externos e que nenhuma falha técnica poderia fazer com que um avião se partisse ao meio em pleno voo.

Tanto o Egito como a Rússia minimizaram o comunicado de um grupo egípcio ligado ao Estado Islâmico, que afirmou ter derrubado o avião.

A aeronave, que saiu da estância turística egípcia de Sharm el-Sheikh com destino a cidade russa de São Petersburgo, transportava 224 pessoas. Todos os passageiros e tripulantes morreram.

Edição: Carolina Pimentel

Estado Islâmico reivindica ter abatido avião russo com 224 pessoas

  • 31/10/2015 14h33
  • Cairo

Da Agência Lusa



A ala egípcia do grupo jihadista Estado Islâmico reivindicou, no Twitter, a autoria do atentado ao avião russo que caiu neste sábado na Península do Sinai, no Leste do Egito, provocando a morte aos 224 passageiros e tripulantes.

"Os soldados do Califado conseguiram abater um avião russo na província do Sinai transportando mais de 220 cruzados que foram mortos", disse o grupo extremista em comunicado nas redes sociais, indicando ter agido como "represália" à intervenção russa na Síria.

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O avião, que tinha como destino São Petersburgo, na Rússia, caiu ao sul da cidade egípcia de Al-Arish, capital da província do Norte Sinai, pouco depois de levantar voo de Sharm el-Sheik.

A aeronave pertence à companhia russa MetroJet (Kogalimavia), fundada em 1993 e com base no aeroporto de Domodedovo, que faz habitualmente voos fretados.

Vários especialistas militares ouvidos pela agência de notícias France-Presse (AFP) disseram que os rebeldes do Estado Islâmico, cuja base fica no norte da Península do Sinai, não dispõem de mísseis capazes de atingir um avião a 30 mil pés, mas não excluem a possibilidade de uma bomba a bordo ou de a aeronave ter sido atingida por um foguete ou míssil quando descia em uma sequência de falhas técnicas.

O contato com a aeronave foi perdido 23 minutos depois da decolagem do Aeroporto de Sharm el-Sheikh, na fronteira com o Mar Vermelho. O avião estava a uma altitude de mais de 30 mil pés (9,144 metros) quando o comandante queixou-se de uma falha técnica do equipamento de comunicação a um funcionário da autoridade de controle do espaço aéreo egípcio.

A Embaixada da Rússia no Cairo informou que todas as 224 pessoas que estavam a bordo, na maioria russos e alguns ucranianos, morreram na queda do avião.

Edição: Nádia Franco

 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Um acaso a ser investigado e enfrentado.



Retaliação do EL?




O avião russo que caiu no sábado (31) no Sinai egípcio com 224 pessoas a bordo se despedaçou no ar antes de chegar ao chão, indicou o chefe dos especialistas aeronáuticos russos.

"O deslocamento ocorreu no ar e os fragmentos se espalharam por uma grande superfície de cerca de 20 km 2", declarou Viktor Sorotchenko, diretor do Comitê intergovernamental de aviação (MAK), citado pelas agências russas, indicando, contudo, "ser muito cedo para tirar qualquer conclusão".

O MAK lidera as investigações de catástrofes aéreas na Rússia. Desta forma, Sorotchenko participa da investigação da queda do voo 9268 da Metrojet no Egito ao lado dos investigadores franceses do BEA e alemães do BFU, representando o construtor Airbus, e egípcios.

A hipótese de o avião ter se despedaço durante o voo já era considerada a mais plausível pelos especialistas, dada a dispersão dos destroços.

As autoridades egípcias anunciaram no sábado que encontraram destroços e corpos em um perímetro que se estende ao longo de 8 km de raio, o que, segundo os especialistas, indica a priori que o Airbus A321-200 da empresa russa Metrojet não havia tocado o chão intacto, mas que se despedaçou ou explodiu em voo.

O raio das buscas foi estendido neste domingo a 15 km, segundo um oficial militar envolvido nas operações.

Caixas-pretas
Analistas egípcios começaram a examinar neste domingo (1º) o conteúdo das duas caixas pretas recuperadas do avião, e disseram que pode levar dias para recuperar os dados.

O Ministro dos Transportes russo, Maxim Sokolov, e um time de investigadores de alto nível do país chegaram ao Cairo, neste domingo para ajudar as autoridades egípcias a determinar o que causou o acidente. As 224 pessoas a bordo morreram.

O Airbur A321, operado pela companhia aérea russa KogalimAvia, mais conhecida como Metrojet, saiu de Sharm El-Sheikh, cidade no litoral do Egito, e seguia para São Petersburgo, na Rússia.
Ele caiu em uma área montanhosa logo após perder contato com os radares perto de alcançar a altitude de cruzeiro.

Investigadores russos vão considerar todos os cenários possíveis sobre porque o avião caiu, disse o porta-voz do Comitê de Investigação da Rússia em comunicado no site do comitê.

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, afirmou que as investigações sobre as causas do acidente podem levar meses.

"Esse é um assunto complicado e exige tecnologias avançadas e investigações amplas que podem levar meses", disse ele a recrutas do Exército em um discurso televisionado neste domingo.

Estado Islâmico
O ramo egípcio do grupo jihadista Estado Islâmico (EI)
afirmou no Twitter ser o responsável pela queda do avião. Apesar da reivindicação do grupo, uma primeira análise do local do acidente indica que a queda poderia ter sido causada por uma falha técnica. O Ministro russo dos Transportes, Maxim Sokolov, disse à agência Interfax que a afirmação “não pode ser considerada exata”.

O presidente egípcio pediu para que todos esperem os resultados da investigação antes de evocarem possíveis razões para a tragédia.

"Nesse tipo de caso, é preciso deixar trabalhar os especialistas e não evocar as causas da queda do avião, porque isso está sendo investigado", declarou, citado pela agência de notícia Mena.

A Rússia decidiu intervir no conflito sírio para apoiar o governo de Bashar al-Assad, e afirma bombardear alvos do grupo o Estado Islâmico e outros grupos "terroristas" que se opõem ao poder.
Homem entrega flores no memorial improvisado para as vítimas do avião russo que caiu no Egito (Foto: Peter Kovalev/ Reuters)
 

(Foto: Peter Kovalev/ Reuters)