EUA
atacaram base aérea na Síria em resposta ao uso de armas químicas, diz Trump
- 07/04/2017 00h01
- Washington
Paola De
Orte - Correspondente da Agência Brasil
O presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, disse ontem (6) que ordenou um ataque militar a uma base aérea na
Síria. Trump afirmou que a ofensiva é uma resposta ao uso de armas químicas pelo
governo do presidente Bashar Al Assad nessa terça-feira (4). Segundo o
presidente, com o ataque químico, Assad “sufocou a vida de muitos homens,
mulheres e crianças indefesas”. “Foi uma morte lenta e brutal para muitos”.
Trump disse que o ataque foi feito contra a mesma base aérea de onde o governo
de Bashar Al Assad lançou o ataque químico.
Trump disse que é do interesse da
segurança nacional dos Estados Unidos prevenir e deter a proliferação do uso de
armas químicas mortais. “Não pode haver nenhuma dúvida de que a Síria utilizou
armas químicas banidas, violou suas obrigações perante a Convenção sobre as
Armas Químicas e ignorou os pedidos do Conselho de Segurança”, disse Trump.
Saiba Mais
O presidente também disse que "chama todas as
nações civilizadas para se juntar aos Estados Unidos para colocar um fim ao
massacre e ao derramamento de sangue na Síria e para colocar um fim ao
terrorismo de todos os tipos”.
Relatos da mídia norte-americana dizem que foram
mais de 50 mísseis Tomahawk lançados contra a Síria e que os Estados Unidos
teriam informado a Rússia sobre a iminência do ataque. Ontem (5), o Conselho de
Segurança das Nações Unidas se reuniu para debater o ataque químico, porém,
mais uma vez, a votação de uma resolução foi barrada por oposição da Rússia
– o país já barrou, ao lado da China, sete tentativas de aprovar uma resolução
condenando o regime de Bashar Al Assad.
Na reunião dessa quarta-feira, a representante dos
Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley, havia dito que, quando a ONU
“falha consistentemente em seu dever de agir coletivamente, há momentos na vida
dos Estados que nós somos levados a agir por conta própria”, o que já
sinalizava para uma possível ação militar dos Estados Unidos.
Edição: Fábio
Massalli