Valor de
mercado da Netflix ultrapassa US$ 100 bilhões
Empresa
que revolucionou indústria do cinema e televisão recebeu 8,3 milhões de novos
assinantes no último trimestre de 2017, investindo no mercado internacional e
em produções originais de filmes e séries.
Os
serviços da Netflix estão disponíveis em 190 países, com 110,6 bilhões de
assinantes em todo o mundo
No último trimestre de 2017, a
Netflix ganhou 8,3 milhões de novos assinantes em todo o mundo – 2 milhões
apenas nos EUA – capitalizando pela primeira vez mais de 100 bilhões de
dólares e triplicando os lucros da empresa que revolucionou a indústria do
cinema e da televisão.
A divulgação dos resultados fez
com que as ações da Netflix subissem 9% no mercado de ações nesta segunda-feira
(22/01) após um bom desempenho em todo o mês de janeiro e de um crescimento de
53% no ano passado.
Leia também: O boom dos serviços de streaming
No mercado internacional, a
empresa recebeu 6,3 milhões de novas assinaturas entre outubro e dezembro de
2017, superando as expectativas de 5,1 milhões, com o lançamento de séries
aclamadas como Stranger Things e The Crown. Os serviços da
Netflix estão disponíveis em 190 países, com 110,6 milhões de assinantes em
todo o mundo.
Fundada em 1997, a Netflix se
transformou de um serviço que comercializava DVDs pelo correio para um
concorrente do canal HBO no mercado de filmes online. Mais tarde, a sua
expansão lhe permitiu produzir séries e filmes originais, diminuindo a
dependência dos estúdios cinematográficos. As produções da Netflix já ganharam
vários prêmios.
"Em 2017, aumentamos em 36%
nossa receita, para 11 bilhões de dólares, acrescentamos 24 milhões de novos
membros (comparados aos 19 milhões de 2016), atingimos pela primeira vez um ano
inteiramente positivo no lucro de contribuições internacionais e dobramos nossa
receita operacional global", afirmou a empresa em carta aos acionistas.
A Netflix planeja investir 8
bilhões de dólares em 2018 em filmes e séries originais, para afastar a
concorrência de serviços semelhantes fornecidos por empresas como Amazon, Hulu
e Disney. Esta última vem investindo pesado em serviço próprio de streaming,
preparando para 2019 o lançamento de novos filmes e séries, além de remover
suas produções do acervo da Netflix.
"Escolhemos uma estratégia
de negócios que, essencialmente, nos leva a investir nossos lucros domésticos
na expansão internacional", afirmou o CEO da Netflix, Reed Hastings.
"Acreditamos que seja a atitude correta, mas certamente requer coragem de
nossos investidores."
A Netflix prevê para o primeiro
trimestre de 2018 a adesão de 6, 35 milhões de novos assinantes, bem acima das
expectativas dos analistas de mercado.
RC/rtr/afp
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