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terça-feira, 8 de junho de 2021

Rússia oficializa saída do tratado dos céus abertos .

 Avião An-30

Putin oficializa saída da Rússia do Tratado de Céus Abertos

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou a lei de revogação do Tratado de Céus Abertos, a qual acaba de ser publicada no portal oficial de informações legais.


Ao falar sobre quanto tempo tecnicamente levará até a saída definitiva da Rússia do tratado, o vice-chanceler russo Sergei Ryabkov disse que, após a conclusão de todos os procedimentos internos, a Rússia terá de entregar uma nota diplomática – uma notificação aos depositários do Tratado de que foi tomada a decisão de o país se retirar do mesmo.

Em 21 de maio do ano passado, Donald Trump anunciou sua intenção de retirar os EUA do tratado, com base em supostas violações por parte da Rússia, pretexto que Washington costuma usar para justificar sua saída dos acordos internacionais.

Vários países condenaram a decisão da Casa Branca. O procedimento de retirada de Washington foi concluído em 22 de novembro de 2020.

 

© SPUTNIK / MAKSIM BLINOV

Avião de observação aérea Tu-214ON do Tratado Céus Abertos

De acordo com os dados de final de 2020, o Tratado de Céus Abertos foi assinado por 33 países.

Moscou afirmou, entretanto, que, ao saírem do Tratado de Céus Abertos, os americanos esperavam que seus aliados, por um lado, obstruíssem os voos de observação russos sobre as instalações militares dos EUA na Europa e, por outro, que os europeus compartilhassem com Washington suas fotografias aéreas do território russo.

O Tratado dos Céus Abertos, assinado em 1992 em Helsinque, permite que observadores militares realizem voos de vigilância aérea para obter imagens de movimentos de tropas e navios em um vasto território. O documento se tornou uma das medidas de estabelecimento de confiança na Europa após a Guerra Fria.

Noticias:https://br.sputniknews.com/russia/2021060717627439-putin-oficializa-saida-da-russia-do-tratado-de-ceus-abertos/

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Rússia ira construir 20 novas bases aéreas para enfrentar OTAN .

 Putin anuncia 20 novas bases militares para enfrentar forças da Otan


Putin anuncia 20 novas bases militares para enfrentar forças da Otan


A medida vem de encontro à crescente tensão entre o Kremlin e o Ocidente

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A duas semanas do encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Joe Biden, a Rússia anunciou que irá construir 20 novas bases militares perto de suas fronteiras europeias, visando conter o que chama de crescente ameaça da Otan (aliança militar liderada pelos EUA). 

A medida vem de encontro à crescente tensão entre o Kremlin e o Ocidente, que tem um novo capítulo no apoio dado por Putin ao belarusso Aleksandr Lukachenko, seu aliado.

Na semana passada, o ditador forçou o pouso de um avião civil irlandês em Minsk e prendeu um jornalista crítico ao regime que estava na aeronave, junto com sua namorada.

A ação foi um ponto alto na repressão aplicada por Lukachenko desde os protestos que irromperam no país após mais uma eleição ganha de forma suspeita por ele, no poder desde 1994, em agosto passado.

A União Europeia anunciou sanções a Belarus e Putin, após um suspense de uma semana, encontrou-se com ele na sexta (28).

Subjacente ao movimento do russo está o desejo de consolidar seu controle sobre o vizinho, talvez absorvendo-o dentro de um planejado Estado unitário em fermentação desde 1999.

Com isso, estaria estabelecida de vez um tampão estratégico entre a Europa e a Rússia. A Ucrânia cumpre esse papel de forma precária desde que Putin amputou a Crimeia, de resto uma região russa étnica, e a trouxe para seu controle após perder um governo aliado em Kiev em 2014.

O plano foi exposto sem muitos detalhes pelo ministro Serguei Choigu (Defesa) em encontro com líderes militares na segunda-feira.

Ele afirmou que a Otan tem aumentado significativamente o número de voos hostis e envios de navios de guerra para suas fronteiras. Apontou para os crescentes exercícios militares –só na semana passada, milhares de soldados da Otan treinaram em todo o continente.

As ações, disse segundo a imprensa russa, "destroem o sistema de segurança internacional e nos forçam a tomar as contramedidas relevantes". "Vamos formar 20 novas unidades no Distrito Militar Oeste até o fim do ano", afirmou.

Baseado em São Petersburgo, o distrito se soma ao Sul com as duas unidades mais importantes de defesa terrestre russas. Ele cobre a fronteira da Finlândia à Ucrânia, quando passa o bastão para o Sul, que vai até o Cáucaso e inclui a Crimeia.

Somadas, as regiões têm seis exércitos, cada um com cerca de 100 mil homens ou mais. O resto do maior país do mundo, coberto por outros três distritos, soma outros seis exércitos e um comando aeronaval conjunto ao norte.

Choigu não disse quantos homens seriam enviados para a região, apenas citando que cerca de 2.000 equipamentos militares estariam envolvidos.

A região já viu bastante ação neste ano. Putin deu uma demonstração de força a fazer um aumento dramático, talvez de 100 mil homens, em toda região oeste e sul para um exercício de três semanas que visava dissuadir a Ucrânia de tentar invadir as áreas rebeldes pró-Rússia no leste do país.

O impasse permanece e o russo mostrou os dentes, mas as forças foram retiradas –deixando para trás boa parte dos blindados e tanques, que serão usados no megaexercício anual das forças russas, que pela rotação usual será na região.

O Zapad (Oeste) 2021 promete um novo ponto de tensão com o Ocidente, assim como sua versão de 2017. Apesar de regular e previsto, ele inclui forças da Belarus, o que adicionará um tempero político ainda maior às manobras.

O Kremlin sustenta que elas são apenas de caráter defensivo, mas poucos no Ocidente acreditam, apesar da previsão de envio de observadores.

A todo esse caldo se soma a postura beligerante de Biden, que após fechar um acordo para estender o último tratado de limitação de armas nucleares com Putin entrou em uma rota crescente de colisão com o Kremlin.

Chamou o presidente russo de assassino e estabeleceu sanções devido à prisão do líder opositor Alexei Navalni, ocorrida após ele voltar da Alemanha de um tratamento após ter sido envenenado na Sibéria.

O verdadeiro foco de Biden ao se mostrar durão é a China, a quem o americano considera a verdadeira rival estratégica dos EUA. Só que seus atos levaram Putin a lembrar o Ocidente de suas capacidades, que ameaçam diretamente os interesses europeus, não menos porque eles dependem do gás e do petróleo russos.

Além disso, embora seja uma aliança historicamente desconfiada, houve uma maior aproximação entre Moscou e Pequim, levando a especulações se a protagonista da primeira Guerra Fria poderia se unir à antagonista americana na Guerra Fria 2.0 em ações conjuntas de desestabilização.

Conhecedor como poucos dos símbolos do poder internacional, Putin usa o anúncio como aperitivo de sua disposição para o encontro do dia 16 com Biden em Genebra, marcado a pedido do americano.

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/mundo/1809959/putin-anuncia-20-novas-bases-militares-para-enfrentar-forcas-da-otan