Retaliação do EL?
O avião
russo que caiu no sábado (31) no Sinai egípcio com 224 pessoas a bordo se
despedaçou no ar antes de chegar ao chão, indicou o chefe dos especialistas
aeronáuticos russos.
"O
deslocamento ocorreu no ar e os fragmentos se espalharam por uma grande
superfície de cerca de 20 km 2", declarou Viktor Sorotchenko, diretor do
Comitê intergovernamental de aviação (MAK), citado pelas agências russas,
indicando, contudo, "ser muito cedo para tirar qualquer conclusão".
O MAK
lidera as investigações de catástrofes aéreas na Rússia. Desta forma,
Sorotchenko participa da investigação da queda do voo 9268 da Metrojet no Egito
ao lado dos investigadores franceses do BEA e alemães do BFU, representando o
construtor Airbus, e egípcios.
A
hipótese de o avião ter se despedaço durante o voo já era considerada a mais
plausível pelos especialistas, dada a dispersão dos destroços.
As
autoridades egípcias anunciaram no sábado que encontraram destroços e corpos em
um perímetro que se estende ao longo de 8 km de raio, o que, segundo os
especialistas, indica a priori que o Airbus A321-200 da empresa russa Metrojet
não havia tocado o chão intacto, mas que se despedaçou ou explodiu em voo.
O raio
das buscas foi estendido neste domingo a 15 km, segundo um oficial militar
envolvido nas operações.
Caixas-pretas
Analistas egípcios começaram a examinar neste domingo (1º) o conteúdo das duas caixas pretas recuperadas do avião, e disseram que pode levar dias para recuperar os dados.
Analistas egípcios começaram a examinar neste domingo (1º) o conteúdo das duas caixas pretas recuperadas do avião, e disseram que pode levar dias para recuperar os dados.
O
Ministro dos Transportes russo, Maxim Sokolov, e um time de investigadores de
alto nível do país chegaram ao Cairo, neste domingo para ajudar as autoridades
egípcias a determinar o que causou o acidente. As 224 pessoas a bordo morreram.
O Airbur
A321, operado pela companhia aérea russa KogalimAvia, mais conhecida como
Metrojet, saiu de Sharm El-Sheikh, cidade no litoral do Egito, e seguia para São Petersburgo, na Rússia.
Ele caiu
em uma área montanhosa logo após perder contato com os radares perto de
alcançar a altitude de cruzeiro.
Investigadores
russos vão considerar todos os cenários possíveis sobre porque o avião caiu,
disse o porta-voz do Comitê de Investigação da Rússia em comunicado no site do comitê.
O
presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, afirmou que as investigações sobre as
causas do acidente podem levar meses.
"Esse
é um assunto complicado e exige tecnologias avançadas e investigações amplas
que podem levar meses", disse ele a recrutas do Exército em um discurso
televisionado neste domingo.
Estado
Islâmico
O ramo egípcio do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) afirmou no Twitter ser o responsável pela queda do avião. Apesar da reivindicação do grupo, uma primeira análise do local do acidente indica que a queda poderia ter sido causada por uma falha técnica. O Ministro russo dos Transportes, Maxim Sokolov, disse à agência Interfax que a afirmação “não pode ser considerada exata”.
O ramo egípcio do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) afirmou no Twitter ser o responsável pela queda do avião. Apesar da reivindicação do grupo, uma primeira análise do local do acidente indica que a queda poderia ter sido causada por uma falha técnica. O Ministro russo dos Transportes, Maxim Sokolov, disse à agência Interfax que a afirmação “não pode ser considerada exata”.
O
presidente egípcio pediu para que todos esperem os resultados da investigação
antes de evocarem possíveis razões para a tragédia.
"Nesse
tipo de caso, é preciso deixar trabalhar os especialistas e não evocar as
causas da queda do avião, porque isso está sendo investigado", declarou,
citado pela agência de notícia Mena.
A Rússia
decidiu intervir no conflito sírio para apoiar o governo de Bashar al-Assad, e
afirma bombardear alvos do grupo o Estado Islâmico e outros grupos
"terroristas" que se opõem ao poder.
Homem entrega flores no memorial improvisado
para as vítimas do avião russo que caiu no Egito (Foto: Peter Kovalev/ Reuters)
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(Foto: Peter Kovalev/ Reuters)
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