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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

A Rússia quer o Polo Norte



Rússia se aproxima do Polo Norte
© Sputnik/ Valery Melnikov
13:45 09.02.2016URL curta
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Nesta terça-feira (9), a Rússia irá apresentar à ONU o seu pedido renovado de ampliação das fronteiras sua da plataforma ártica no oceano Glacial Ártico. O pedido vem coroar uns 15 anos de pesquisa e grandes esperanças.










Quem vai apresentar o pedido é o próprio ministro dos Recursos Naturais e Meio Ambiente da Federação da Rússia, Sergei Donskoi. Na segunda-feira da semana em curso, ele tinha afirmado que Moscou não vê fatores que possam fazer as Nações Unidas rejeitar o pedido russo.

Contudo, o ministro não excluíu a possibilidade de um compromisso que poderia "aumentar ou reduzir" a área contida dentro das fronteiras futuras.

Em 2001, a Rússia apresentou o seu primeiro pedido correspondente, que visava obter reconhecimento internacional do direito russo sobre uma parte da plataforma continental que inclui a cordilheira de Lomonosov, a bacia dos Megulhadores (Podvodnikov) e a dorsal de Mendeleev, além de outros locais subaquáticos. Mas naquela altura, o pedido foi rejeitado por falta de provas científicas.

E começou um largo processo de obtenção dessas provas, que abrangia conferências e pesquisas científicas. Em meados de 2015, o ministro Donskoi anunciou a próxima apresentação do pedido.

Segundo as estimativas científicas, se o pedido for aceite pela ONU, isso significará, para a Rússia, um acréscimo de cerca de 1,2 milhões de quilômetros quadrados. Este território guarda 4,9 bilhões de toneladas de combustível. Cerca de 30% das reservas não exploradas de gás natural do planeta e 15% das de petróleo podem ficar no fundo desta zona do Ártico, reivindicada pela Rússia.

Outro item também caro à Rússia é a Rota Marítima do Norte, que também passa por estas alturas polares.

 © Sputnik/ Valery Melnikov
Povoado Dikson, situado na costa do mar de Kara

Devido ao tamanho do pedido e informações a serem examinadas pela comissão correspondente (composta por sete pessoas), vários especialistas estimam que o exame do mesmo pode demorar vários anos.

A comissão ampliada já recebeu 77 pedidos e analisou 22 deles. Esta comissão ampliada tem representantes da Argentina, Brasil, Camarões, Canadá, China, Coreia do Sul, Croácia, Dinamarca, Gana, Índia, Japão, Malásia, México, Moçambique, Paquistão, Polônia, Quênia e Trindade e Tobago.

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